Um pouco mais sobre afeto na educação





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Um músico pode tocar pela simples compreensão técnica da partitura ou pela emoção do seu coração musical. Quando toca pela leitura puramente racional, ele executa de forma eficaz e inteligível as notas musicais. Mas quando a música soa com a ajuda das suas emoções, ele pode transformar também as notas musicais em sentimentos; elas ganham vida própria, afetam-nos e registram-se em nossa memória mais facilmente.

Conhecemos a história de uma mulher que possuía uma bela voz. Ela começou a estudar canto até tornar-se uma cantora afinada e de extrema sensibilidade musical. Em determinado momento de sua vida, entretanto, sofreu um acidente vascular cerebral, afetando áreas do cérebro concernentes à memória. Esqueceu-se de nomes, de datas, de acontecimentos e das letras das músicas. Todavia, não se esqueceu das melodias, porque lembrava a emoção do seu canto. Ainda que não pudesse cantá-las, seu cérebro levava até seus ouvidos as imagens sonoras de cada canção que conhecera. Para ela, fora um alívio lembrar-se dos cânticos que tanto amou, naquele difícil momento de sua vida.

Este fato prova que os mecanismos da inteligência não estão separados da emoção, ao contrário, são ratificados por ela, gerando atenção, conhecimento e memória: três coisas indissociáveis do saber. O neurocientista António Damásio afirma que os sentimentos são tão cognitivos como qualquer percepção. São o resultado de uma curiosa organização fisiológica que transformou o cérebro no público cativo das atividades teatrais do corpo.





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SAMUEL ROBERTO DE SOUZA

25/05/2014 - 00:00:00

gostaria de utilizar citações desses artigos em meus trabalhos academicos



Fique à vontade Samuel, abarços