Entrevista ao jornal A Tribuna
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“Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade”
Autor: Redação JEC
Ser educador nos dias de hoje no Brasil é, antes de tudo, um ato
de capacidade do ser humano de se adaptar. Além do profissional ter
que acreditar nas possibilidades da escola, ele também tem que ser capaz
de superar as dificuldades de se atualizar. Ter iniciativa e ação
coletiva é prioridade para instruir as crianças para o futuro.
Pensando
nisso, o psicopedagogo e jornalista Eugênio Cunha, além de trabalhar na
educação de alunos com dificuldades de aprendizagem e necessidades
educacionais especiais, é autor de livros que ajudam a diversidade da
educação inclusiva, publicados pela WAK Editora.
Em entrevista para o JEC, o autor comenta que sua grande preocupação é com a educação no país.
Para tornar a escola inclusiva, o que deve ser feito?
Primeiramente,
precisamos compreender duas coisas no campo filosófico da educação: que
a inclusão se refere a todos nós e que todo aluno possui condições de
aprender. A partir desse entendimento, poderemos promover uma série de
ações nas políticas educacionais que permitam a preparação docente,
adaptação do espaço escolar, investimento financeiro na aquisição de
materiais pedagógicos e apoio à família do aluno com necessidades
educacionais especiais. Evidentemente, com respaldo irrestrito do poder
público.
Como surgiu a ideia de fazer um livro com o tema de inclusão infantil?
Na
verdade, meu livro “Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade”
abrange toda a educação básica, não somente a educação infantil. Mas a
ideia surgiu em razão de uma pergunta que muitos alunos do ensino
superior, tanto do curso de pedagogia quanto das licenciaturas, me
fazem: “Recebi um aluno com necessidades educativas especiais em minha
sala, o que eu faço?” Resolvi, então, compartilhar experiências vividas
cotidianamente em sala de aula com alunos da educação básica em uma
escola inclusiva e, também, compartilhar algumas vivências da atuação
como psicopedagogo, atendendo alunos com necessidades especiais e
dificuldades de aprendizagem. Essas experiências (muitas delas
fotografadas), juntamente com teorias de ensino e aprendizagem, e
atividades pedagógicas deram suporte ao livro.
Como deve ser a preparação do professor para a inclusão?
Eu
sempre digo que a inclusão escolar começa na alma do professor,
contagia seus sonhos e amplia seus ideais. O professor precisa crer na
educação. Crer no seu aluno e em si mesmo.Acima de tudo, precisa amar o
ato de educar. Quando isso acontece, ele estuda, pesquisa, prepara-se e
adquire os atributos necessários à inclusão.
No caso da escola que possui alunos com algum tipo de deficiência. Como lidar com as diferenças?
Primeiramente,
sem estigmas e rótulos. Depois, a partir das habilidades do aluno, o
professor elabora seu currículo. Há três etapas nesse processo: a
observação, na qual o professor procura conhecer seu aluno, necessidades
e virtudes; a avaliação, onde busca compreender como ele se comporta
diante dos instrumentos de ensino e aprendizagem, utilizando-se dela
para traçar estratégias; e a mediação, onde papel docente se faz prática
pedagógica. Compreender, consequentemente, o que fazer pedagógico como
uma prática combinada.
Como preparar o material para as adversidades no quesito pedagógico?
O
material pedagógico nasce a partir das necessidades e habilidades do
aluno. Isto é, o professor utiliza os recursos pedagógicos da escola
como mediadores. Por exemplo: o livro estimula a imaginação. Ainda que o
aluno não saiba ler, ele imagina e é apresentado à linguagem. Enquanto o
leitor explora o mundo da linguagem pela descoberta das palavras, o não
leitor o explora pela descoberta das imagens. Quando o aluno manipula
materiais pedagógicos ele se sente incluído. O bom material é utilizado
por alunos típicos e com necessidades educacionais especiais. Por isso,
eu trabalho com peças montessorianas. Mas muitas atividades e materiais
podem ser elaborados também pelo professor, de acordo com a diversidade
discente. Ademais, é necessário que se estimule a afetividade, a
coordenação motora, a ludicidade, a sociabilidade, a linguagem e a
comunicação.
Como integrar as crianças sem que ocorra nenhum tipo de discriminação ou bullying?
A
partir do professor e incluindo sonhos e ideais. Isto é, as barreiras
estão primeiramente no campo da subjetividade. Vencidas essas
dificuldades, que podem ser superadas com ações educativas dos gestores e
professores da escola, com a participação imprescindível da família, o
professor poderá elaborar atividades para serem realizadas por toda
turma, incluindo alunos típicos e com necessidades educacionais
especiais. Há casos degenerativos muito severos, contudo, essas pessoas,
ainda que impossibilitadas da inclusão física no espaço escolar,
poderão ser incluídas no espaço pedagógico e afetivo, por meio de
políticas educacionais, podendo receber um acompanhamento educacional
reabilitativo em seu próprio lar. Nesse contexto, a escola especial
torna-se inclusiva preparando o aluno para o ensino regular, para a vida
familiar e para a vida social. Da mesma forma, a escola regular cumpre
seu papel atendendo à diversidade discente com equidade, sem
preconceitos, buscando a formação integral do educando.
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Rosilda maria monteiro da silva
05/11/2013 - 00:00:00
AMO O SEU TRABALHO. SOU SUA ADIMIRADORA . SABE, UM DIA ESTAVA PENSANDO EM VOCÊ DISSE EM PENSAMENTO COMO SUA MÃE DEVE SER FELIZ DE TER COLOCADO ALGUÉM TÃO ESPECIAL NO MUNDO . DEUS TE ABENÇÕE! BEIJO!!!1
Olá Rosilda, obrigado pelas palavras e generosidade. Continue mantendo contato outro beijo eugenio