Valores

Valores. Não há nada mais difícil de conceituar. Porque, afinal, só em dizer ´valores´, eu poderia estar dizendo tantas coisas e não estar dizendo absolutamente nada. O que pode ser valor para um, poderá não ser para outro. O que é muito para alguém, para outro alguém poderá não ter importância alguma, chegando ao despercebimento. Por isso, a educação para muitos não tem valor nenhum. Muitos, incluindo a sociedade, o Estado e, infelizmente, os atores da prática escolar: professores, alunos e família. Mas para muitos ela é de estimado valor.

Então, como posso perceber um valor? Ou melhor, como posso garantir que há valor naquilo que penso ser valorativo? Há dois caminhos para descobrir: um ligado a mim e outro ligado ao meu próximo. No caminho ligado a mim, eu posso dizer que há valor naquilo que amo de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento, e de todas as minhas forças. E no caminho ligado a outrem, o que tenho como valor vai fazer diferença na vida de quem convive comigo. Uma boa diferença. Na prática, eu devo ver como valor aquilo que me faz amar as pessoas como a mim mesmo e fazer por elas o que desejaria que fizessem por mim. Alguém já disse isso, né? Pois bem, essas palavras ainda têm valor, principalmente quando educamos e vemos nossos alunos como nossos pares e cultivamos em nosso coração a sinceridade de não estar mentindo quando acreditamos nos valores da educação. Isto é vivê-la de todo coração.