O afeto tem a força de um sonho
Certa feita, um aluno teve um sonho: sonhou que jamais sairia da escola. Teria de estudar até o fim da vida. Nada de brincadeiras, passeios e outras coisas que amava. Sempre teria de ouvir a mãe perguntar: “já fez a lição de casa?” E o futebol ficaria para depois. Quando acordou ficou perplexo e aturdido. Entretanto, lembrou-se que no seu sonho havia uma condição para sair da escola: se melhorasse a letra. Naquele mesmo dia, em sala de aula, a professora falou: “Que letra bonita! Como você a melhorou tão de repente? O que aconteceu?”. Foi quando o menino contou-lhe o sonho.
Vocês acham que a história é uma parábola? Não, é pungente verdade. Aconteceu mesmo. Para aquele aluno, fugir dos seus problemas e encontrar seus sonhos significava sair da escola. A escola representava uma porta de saída. Era importante observar o afeto que se revelava por meio do sonho. Então, geraram-se novas possibilidades para o menino: a escola, por amor a ele, passou a ser uma porta de entrada para sua realização pessoal.
O afeto gerencia as relações com o saber, que perdurarão ao longo da vida não com as digitais do professor, mas com as marcas da amorosidade que possibilitarão ao aprendente conquistar sua autonomia. O afeto tem a força de um sonho.
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